Thursday, May 23, 2013

Ahhhh Chita!!!

 Chita, que te quero bem!!!

 Ah... Chitas!!!

Amo Chitas!!! Nao sei ao certo se sao as lembrancas das festas Juninas e as dancas de quadrilhas, ou o look tropical que me lembra Brasil. O que sei e que estas imagens  grandes, coloridas de flores me deixam feliz!

A palavra Chita deriva de Chint em hindi, lingua falada na India, derivada do sancrito. Chint significa pinta ou mancha. E caracteriza, pois, a estampa predominantemente floral, tendo em vista que o hinduismo, e o islamismo, as duas religioes principais do oriente, proibiam a representacoes figurativas. Entao, entre 3 mil e 5 mil a.C., ja podem ser encontrados flores, galhos, folhagens, arabescos, e desenhos geometricos, como o madra ) listras cruzadas formando xadrez, tipico da regiao de Madras), nos tecidos que  os indianos  estampavam com seus cunhos, uma especie de carimbo de madeira entalhada ou de metal, antecessor dos cliches de impressao.

REVISTA MEMENTO N. 1, v. 1, jan.-jun. 2009 Revista do Mestrado em Letras Linguagem, Discurso e Cultura - UNINCOR ISSN 1807-9717 

Chita e um tecido de algodao de cores fortes, geralmente florais e tramas simples. A estamparia e feita sobre o tecido conhecido como Morim. Uma estampa caracteristica de chita sobre outro suporte que nao seja morim nao e chita.

Procurando pela internet encontrei o os magnificos abajures da Juliana, que Mora na Inglaterra e como eu, tambem adora Chitas.


Visite a Loja da Juliana 




A Chita no Brasil
A chita veio para o Brasil trazida pelos portugueses. Com a transferência da Casa Real portuguesa para o Brasil, deu-se início à indústria têxtil em solo nacional. Com a chegada dos primeiros empresários do ramo, montaram as primeiras fábricas de estamparias. Por ser barata, possuir padrões muito coloridos, a chita caiu no gosto popular. Inicialmente vestiam os escravos com ela, por ser de baixo custo. Depois, era um pano usado para forrar mesas. Aos poucos, foi sendo utilizada em cortinas, colchas de cama, colchões. Mais tarde, pessoas que trabalhavam na roça de baixo poder aquisitivo começaram a usá-la como roupa. Daí em diante, o tecido possui não só estampas com flores, mas também estampas da fauna brasileira.
Fonte: Construir Notícias - Profª Magnólia Cerqueira – Projeto Chitinha Bacana
Encontrei trabalhos brasileiros como este:





 



Escrito por Raphael. Posted in Curiosidades

Zuzu Angel, foi a primeira estilista brasileira a utilizar chita em suas roupas. Nos anos 70, abriu sua loja em Ipanema e fez desfiles com bastante sucesso no exterior, para onde levou a linguagem brasileira com espaço nas vitrines da Quinta Avenida, em Nova York.

Foi pioneira, entrando no mercado norte americano na época em que o conceito que tínhamos da moda americana no Brasil era muito negativo e não tinha quase nenhuma aderência, já que a cultura européia era a grande referência e predominou durante toda a metade deste século. 
Zuzu valorizou a mulher como ser criativo, o que era muito pouco aceito na época. Criar moda não era considerado tarefa feminina. A mulher poderia estar sentada na mesa de costura, mas não era dada a ela a honra de ser uma criadora de moda. Zuzu teve esta coragem e conseguiu se impor num mercado totalmente dominado por estereótipos. Conquistou o mercado por sua simplicidade, por sua feminilidade e por sua profundidade. Começou, antes dos outros costureiros, a divulgação de sua marca, colocando-a externamente na roupa. Buscava não somente o mercado elitizado, mas também queria vestir a mulher da rua, a mulher dos pontos de ônibus, a que voltava do supermercado. 
Filme sobre Zuzu Angel
Na época este conceito era subestimável, era querer vestir em grande escala, querer vestir pessoas que não tinham recursos para frequentar um ateliê. Zuzu teve uma macro visão da moda, sendo considerada, filosoficamente, uma pioneira. O mérito de Zuzu Angel é considerado pela originalidade da sua proposta, pois fazia uma moda brasileira com materiais brasileiros, com linguagem pessoal, com cores tropicais. Isto foi uma proposta de caráter cultural que se manteve ao longo de seu trabalho. Foi a primeira a usar a renda de casimira. Misturou a renda de algodão com seda pura, usou chita com temas regionalistas e folclóricos. Trouxe também para a moda pedras brasileiras, fragmentos de bambu, de madeira e conchas. Assim ela incorporou em sua moda e sua época a ecologia e a brasilidade. Fonte: “Que Chita Bacana”, 240 páginas (Ed. A Casa) de Renata Mellão.

A Chita Nossa de Cada Dia
Hoje a chita é dividida em três estampas: chitinha (flores miúdas), chita (estampa média) e chitão (estampa graúda). De uns anos prá cá, ela vem cada dia mais, se incorporando à vida dos brasileiros. Ela pode ser vista em diversas circunstâncias, como no folclore e em outras manifestações culturais e religiosas: vestimenta de palhaço da Folia de Reis, bandeira do Divino, estandarte nas festas do Divino Espírito Santo, indumentária do Orixá Oxum, fantoches, bonecos mamulengos, trajes do maracatu, quadrilhas de São João por todo o Brasil, Reisado (dança do período natalino em Sergipe), Bacamarteiros (noite de São João). Na literatura brasileira, autores como Jorge Amado, Guimarães Rosa e Érico Veríssimo citam os vestidos de chita usados por suas personagens mais brejeiras, entre elas a sedutora Gabriela Cravo e Canela. Na moda, Zuzu Angel, nos anos 60, estilista reconhecida internacionalmente, já inventava moda com a chita. Na televisão, Chacrinha com seu paletó de chita e paetês, será sempre o legendário velho guerreiro. O chitão vestiu Gil, Caetano, Tom Zé e a trupe tropicalista de 67 e 68. Em 2005, em São Paulo, foi lançado o Livro e a Exposição “Que Chita Bacana”, de Renata Mellão e Renato Imbroisi. Em 2009, a chita foi o destaque do desfile no da escola de samba carioca Estácio de Sá, com o enredo Que Chita Bacana. No artesanato, a chita está revestindo quase tudo: mesa, cadeira, bandeja, porta lápis, porta cerveja, porta vela, almofada, pufe, abajur, jogo americano, bolsa, prato, enfim muita coisa... Fontes: Livro “Que Chita Bacana”, de Renata Mellão e Renato Imbroisi; Internet: portal folclore em sergipe, portal descubra minas, portal escola de samba Estácio de Sá, portal Casa e Cia, Portal Finíssimo.